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Estudantes de Direito denunciam más condições de prédio da UEPB, em Campina Grande
Alunos do curso de Direito da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, denunciaram nas redes sociais que o prédio do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), que está em reforma desde um princípio de incêndio no local, ocorrido em março deste ano, está em condições precárias para alunos e professores.
De acordo com um post do Instagram feito pelo Centro Acadêmico Sobral Pinto, a reforma da estrutura elétrica do prédio tinha previsão de conclusão em agosto, mas até agora não foi finalizada.
Por conta da reforma, a biblioteca, a sala de estudos e a sala de descanso estão fechadas, assim como as salas de aula do andar de baixo – as turmas foram transferidas para o andar superior onde, segundo eles, tem salas menores e com ar-condicionados e ventiladores sem funcionar ou insuficientes.
Água em falta
O problema mais grave apontado pelos estudantes é a falta d’água. No vídeo, a presidente do Centro Acadêmico, Maria Eduarda, relata que a agremiação de estudantes tem fornecido água para alunos e alguns professores também estão fazendo cotas para comprar água.
“Desde o início do período letivo, os alunos têm enfrentado as altas temperatuas, num calor exaustivo dentro das salas, o que é totalmente antipedagógico”, disse.
Sem bebedouros, sem ar-condicionado ou ventiladores, sem nenhuma fiscalização dessa obra. Está impossível. Infelizmente, apenas um sintoma do descaso e do desmonte que a UEPB vem sofrendo por parte do Governo do Estado. Como é que não tem verba para repor água? É o mínimo!
Maria Eduarda, presidente do Centro Acadêmico Sobral Pinto, dos estudantes de Direito da UEPB
O que diz a instituição
A UEPB se pronunciou sobre o assunto através de sua assessoria de imprensa. A denúncia foi acolhida pelo Conselho Universitário (Consuni) em uma reunião por videoconferência com a representante do Centro Acadêmico.
A reitora da instituição, Célia Regina Diniz, afirmou que encaminhou a denúncia ao setor de Infraestrutura e explicou que a obra está sendo fiscalizada por um engenheiro eletricista. Ela também explicou que a obra na rede elétrica começou por conta de um curto-circuito no local, e não um princípio de incêndio – a obra foi licitada antes do incidente, segundo Célia.
“A opção por fazer a obra com as aulas foi nossa, não tínhamos condições de fechar o ambiente e transferir as aulas para outro local. O processo foi aberto em 2019 e existe toda uma demora, uma hora porque não teve orçamento, outra hora porque há todo um processo para acontecer, houve a pandemia e as pessoas que fazem cotação de preço adoeceram”.
Célia Regina Diniz, reitora da UEPB
Célia afirmou que uma reunião deve ser agendada ainda esta semana para identificar os problemas de atraso na reforma do prédio.
Portal Correio